domingo, 17 de abril de 2011

a pedra se foi

  
Grave com pedra no Megido - Foto: Alexander Schick



             "Uma pedra caiu do meu coração." Alívio. Novas possibilidades se abrem. A partir da prisão de "impossibilidades". As paredes de pedra alta  e as grades que limitam a minha visão, e mantêm longe os seus pensamentos  para mim, e que não podem parar a nossa esperança comum, são quebradas enfim! Eu tive que esperar muito tempo, demasiado para suportar a solidão, ideias escuras - até que a mensagem chegou a mim como a mensagem de um anjo: "Você pode ir. Você está livre. As pedras se foram."

             É a mensagem sobre "eu" estou esperando em Itai, em Avaré, no Carandiru, e outros 
 locais em que petrificam pensamentos e sentimentos facilmente - mesmo sem paredes, sem caracteres de cimento como alguns companheiros e cinco centímetros de grossas portas de  ferro! O buraco negro da tristeza vem, secretamente, mesmo para onde eu dirijo o meu pensamento. Mas um pensamento está dentro de mim, mais do que qualquer abísmo dentre todos que poderiam ser: "Vá ​​você pode sair. Você está livre." Não vou desistir da minha esperanca. Nunca.

             O que eu vou sentir,  para onde me virarei, quando se abrir suficientemente 
 a gaiola e os portais altos. Eu vou de cabeça erguida! Como, aliás, o Jesus, vida,  sofrimento e companheiro, sentiu-se, como ele reagiu quando de repente  notou um brilho de luz no seu buraco negro do declínio total, o "nao aguentar" e do desespero? Ele se levantou, foi até a coluna de luz e tem a "pedra-buraco-grave empurrado, que o manteve preso.

             Os guardas no buraco da minha própria sombra imensa, da minha 
 culpa e minha solidão, o não perdão dos críticos, os juízes, cegos por minha esperança e minha confiança têm que me deixar passar . Ele está presente  -  que absolve. Páscoa vem a mim. A pedra se foi. "Eu estou aqui fora." (Ver também Mateus 28,1 ss)
Autior: Wolf

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