Hoje, Sexta-feira Santa. Osasco em Sao Paulo. Centro de detenção para 2.000 homens jovens de 18 anos para cima
Um deles é o Bruno. No pátio, lotado, 400 - e a maioria deles ainda não foi condenada. Eles esperam por sua cruz. Ele, Bruno, já sabe que tem "sete anos". Nós estamos em um círculo, de pé, com os braços estendidos, tocando as mãos, nos olhando, encontrando uns aos outros com uma silenciosa concentração. Alguém, e depois todos, elevamos o "Pai nosso que está no céu ... livrai-nos do mal ..." e imediatamente depois o 'Ave Maria .. ' 13 homens jovens, a maioria estando só 14 dias ou quatro semanas aqui - oram em voz muito alta, todos juntos. Bruno e todos na volta,
o mesmo altar em um novo ambiente? Uma catedral, no lugar de sofrimento e da incerteza? Uma, com 12 outra com 2000 – mas não estão sozinhos.
Um outro em Osasco - nós não sabemos o seu nome. Deus sabe o seu nome. Ele não fala. Não com a gente, nós que devemos passar por sua gaiola duas vezes hoje naquele mesmo dia. Um cubo de grades grossas pintadas de amarelo brilhante. Um cubo de 3x3x3 m. Duas portas de aço o fecham ... do mundo exterior.
Oito horas, o guarda passa lá dia a dia, semanas e anos. Ele é livre para dar três passos en qualquer direcao, sempre que ele quer. Seus próprios passos e o barulho da enorme chave de ferro na fechadura são os únicos sons que chegam a seus ouvidos, e, desta vez, também o nosso "Boa Tarde”. Sua boca é silenciosa, o rosto fica imóvel, quando nós o saudamos. Um em Osasco – sem ser preso, mas em 'prisao'. Quem conversa com ele, "Pai Nosso... livrai-nos”? Um - preso em Osasco, São Paulo.
(WL).
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